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Educação

BRINCAR É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

29 junho, 2018

As brincadeiras incentivam os pequenos, estimulando seu desenvolvimento intelectual e consolidam o aprendizado

Da Revista Educação

Quando dizemos que algo é “brincadeira de criança”, queremos tirar sua devida importância. A criança quando brinca, geralmente interpretamos como uma atividade sem importância, quando ela está com tempo livre. Mas o ato de brincar é o primeiro contato do ser em formação com o universo de coisas ao seu redor. É a escola da vida em sua mais pura forma.

A criança geralmente inventa situações para brincar daquilo que gostaria de fazer na vida real. Desde a psicanálise até as abordagens interacionistas, o chamado lúdico caracterizou o faz de conta como a possibilidade de que esses pequenos seres pudessem expressar a inconsciência e o egocentrismo que os distinguiam dos adultos.

A brincadeira é atividade essencialmente educativa

O brinquedo é um mero objeto, mas a brincadeira em si é atividade essencialmente educativa. Chamado por Vigotski de pivô, o brinquedo organiza a possibilidade de desenvolvimento das funções essencialmente humanas do âmbito das relações concretas para a individualização do psiquismo.

O trenó, tomado como brinquedo, deixa de ser apenas um trenó para assumir, no concreto pensado, o desenvolvimento da fala, do pensamento e das emoções – funções psicológicas superiores.

Brincando de amar, aprende-se a amar

As funções essencialmente humanas como as emoções, devem ser ensinadas. Todavia, os sentimentos não são um destino que poderíamos apenas ter de suportar. O amor não decide, mas se educa.

Nesse sentido, o brincar é que permite viver e aprender a viver. As brincadeiras são, portanto, muito mais que simples atividades para passar o tempo e entreter a criançada. Elas alicerçam as aprendizagens dos elementos mais complexos de nossa psique e podem contribuir de forma inequívoca e inigualável para o desenvolvimento infantil.

A brincadeira, a escola e o futuro

É triste perceber que a brincadeira, muitas vezes, é incompreendida no sistema escolar. Tanto o discurso que institui o brincar como a função única da educação infantil quanto a ideia que rechaça o papel da brincadeira com o argumento “a educação deve ser levada mais a sério” desconhecem seu real significado. Enquanto o divertido estiver associado ao desimportante e à ocupação do tempo, o desenvolvimento infantil estará preso aos extremos da brincadeira sem propósito e do ensino formal.

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No entanto, a brincadeira está inserida em um dos ramos mais novos e promissores das pesquisas mais recentes acerca do funcionamento do cérebro. Mais que isso, o brincar está envolvido nas investigações sobre o que nos torna humanos.

É preciso desconstruir a ideia tão arraigada de que brincar é meramente se divertir. É imprescindível que se coloque a brincadeira em seu devido lugar no ambiente escolar real, e não apenas nas discussões acadêmicas. Professores e professoras precisam considerar que o brincar é centelha de vida, é transbordar da energia que desenvolve e constitui. Brincadeira está muito, muito longe de ser coisa pouca. Brincar é viver e aprender a viver.

Leia a matéria completa no site da Revista Educaçãohttp://bit.ly/2mo37DC

 

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